quarta-feira, 29 de maio de 2019

Festa rija... com a banda lá da aldeia


FESTA RIJA...
COM A BANDA LÁ DA ALDEIA



As gentes lá da aldeia, bem cedo, foram acordadas,
Com o barulho dos foguetes e também das guitarradas,
Que a banda da sua terra, bem cedo, começou tocando...
E a rapaziada miúda logo veio p’rá rua a correr,
Sem ter mais nada na vida que fazer,
Senão correr, saltar... e ficar, entre a poeira, gritando.


E as meninas casadoiras, lá da terra, ficaram olhando,
Fazendo olhinhos bonitos p’rós rapazes... e esperando,
Por aquele que os seus lábios viriam a correr talvez beijar...
E a banda sempre tocando, rua abaixo foi seguindo,
E o sol, p´rá lua poder a banda ver, foi no poente sumindo,
Deixando as estrelas lá no céu, curiosas a olhar.


E perante o olhar da malta, tão risonho e prazenteiro,
Toda a gente, noite adentro, correu lá p’ra fora p’ró terreiro,
Para o fogo-de-artifício poder, lá do alto, apreciar...
E foi então que os pares de jovens, por natureza recatados,
Pelos recantos escuros... fizeram-se depois encontrados,
Para finalmente juntos, a boca de um, a do outro, então beijar.



(J. Carlos – Fevereiro. 2010)
Livro 1 (O Outro Lado da Minha Alma)
Imagem da Net

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