TRISTE AMOR...à beira daquela estradaCerto dia passei pelo amor... à beira da estrada sentada,Oferecendo o seu sorriso... aos que seguiam em larga passada,Já sem terem tempo para olhar, ou até com ela se importar...E ela por ali foi ficando, sozinha e triste, e até amargurada,Ali sentada à beira daquela longa e negra estrada,Pois que outro sitio não tinha... nem lugar para ficar.E o tempo foi passando sem alguém ao pé dela se chegar,E esse amor fatigado... por ali ficou a definhar,Algures perdido, junto aquela árvore do caminho... chorandoE eu, admirado fiquei com essa árvore, que um dia me falou,Que me disse o quanto aquele amor ali sentado, passou,Sozinha, mas pelo seu amor que não vinha... esperando.
Hoje,
quando por lá passo, ainda vejo o seu lugar,
E
oiço também a voz daquele amor... a chorar,
Porque
o seu amor não veio, e ela estava de abalada...
Agora
somente me resta, no poema deste fado... recordar,
A
tristeza e solidão sentida, por aquele triste lugar,
Que
nunca mais irá ter o amor... à beira da estrada sentada.
(J. Carlos – Abril 2010)
Livro 1 (O Outro Lado… da Minha Alma)
Imagem da net