domingo, 25 de outubro de 2020

Triste amor... à beira daquela estrada


TRISTE AMOR...
à beira daquela estrada



Certo dia passei pelo amor... à beira da estrada sentada,
Oferecendo o seu sorriso... aos que seguiam em larga passada,
Já sem terem tempo para olhar, ou até com ela se importar...
E ela por ali foi ficando, sozinha e triste, e até amargurada,
Ali sentada à beira daquela longa e negra estrada,
Pois que outro sitio não tinha... nem lugar para ficar.


E o tempo foi passando sem alguém ao pé dela se chegar,
E esse amor fatigado... por ali ficou a definhar,
Algures perdido, junto aquela árvore do caminho... chorando
E eu, admirado fiquei com essa árvore, que um dia me falou,
Que me disse o quanto aquele amor ali sentado, passou,
Sozinha, mas pelo seu amor que não vinha... esperando.


Hoje, quando por lá passo, ainda vejo o seu lugar,
E oiço também a voz daquele amor... a chorar,
Porque o seu amor não veio, e ela estava de abalada...
Agora somente me resta, no poema deste fado... recordar,
A tristeza e solidão sentida, por aquele triste lugar,
Que nunca mais irá ter o amor... à beira da estrada sentada.


(J. Carlos – Abril 2010)
Livro 1 (O Outro Lado… da Minha Alma)
Imagem da net

1 comentário:

  1. ... e o vento do norte soprou, e a chuva fria caiu e molhou, as folhas da árvore que um dia... esta história me contou!

    Sinceros desejos de Boa leitura.
    JC

    ResponderEliminar

CAMINHANDO… pelas ruelas