BALADA...
das horas que passam
Olhei p’rás horas que por mim
passavam a correr,
Para onde eu não sei... só sei que
logo sumiam,
E até pensei em ir atrás delas p’ra
saber o que iam fazer,
Mas corriam tão depressa, que logo da
vista se perdiam.
Lá longe, quando passavam, eu ouvia
as badaladas,
Que no sino da igreja alguém estava
por lá batendo,
E pensei se estariam felizes… e por
isso lá paradas,
Ou se estavam era á espera, que atrás
delas fosse correndo.
E eu, velho tonto, vendo as minhas
horas passando,
Olho p’rós minutos daquelas que estão
chegando,
Na esperança de não partirem, mas
antes por cá ficar…
Pois do relógio da vida que sempre a
mim esteve ligado,
Nunca tanto como agora desejo que
fique parado,
P’ra não ver as horas correr e por
mim sempre a passar.
imagem da net