NOITE DE ESTRELAS...
E MAGIA
Sentado,
na beira do portal, olho aquele velho de ar cansado,
Estendendo
a mão e pedindo, um pouco de pão para comer,
Mas
todos olham em frente... pois vão num passo apressado,
E
ninguém pára... para, da sua fome, alguma coisa saber.
As
suas mãos... essas mãos já de pele bem enrugada,
Estendem-se,
já dormentes, por tal gesto todo o dia repetirem,
Mas
as gentes passam por ele... sem dele saberem nada...
Tapando
até os ouvidos... p’rós seus queixumes não ouvirem.
E
esse pobre corpo, pela indiferença da vida... maltratado,
Ajeita-se
na noite escura, escondendo o rosto enrugado,
Naquela
manta velha, que alguém, um dia lhe veio dar...
E
quando o sono já de si se apodera, e as estrelas o vem cobrir,
Sente
aquela mãozinha de criança... num lindo rosto, a sorrir,
Dando-lhe
com carinho o pão, que Deus lhe pediu p’ra entregar.
imagem da net
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