CÂNTICO...
DAS VIRTUDES
PERDIDAS
Lá
em cima, na montanha entre o gelo, eu guardei,
As
virtudes, cá em baixo espezinhadas... que ainda encontrei,
Para
bem longe, desta velha geração, lá ficarem guardadas...
E
assim, quando o frio da longa noite, da terra tiver sumido,
E
o gelo lá de cima, em água pura, p’rás gentes tiver descido,
Ela
trazer de lá as virtudes... nessas águas misturadas.
Pois
da forma como este mundo, já está por cá ficando,
Em
que dia a dia, com as virtudes, a sociedade está brincando,
Só
pensando na riqueza, e na plena ostentação, para viver...
Certo
é então, que bem cedo... elas irão mesmo terminar,
Mas
quando o mal, neste mundo, já então cá não morar,
Que
venha o sol para os gelos derreter... e as virtudes trazer.
E
com elas, que venham os cânticos dum novo dia a nascer,
E
que os gritos alegres da criançada, façam a terra estremecer,
Para
todos sentirem o amor... que eu já então não sentirei...
E
quando das fontes da montanha, de novo a água pura brotar,
Que
as crianças do futuro, possam a sua sede saciar,
E
o coração purificar com as virtudes... que um dia lá guardei.
(J. Carlos – Março.
2010)
Livro 1 (O Outro Lado da Minha Alma)
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