ESTES MEUS OLHOS...
Ai...!
Estes meus olhos insones que tantas coisas já viram,
Que
muitos amigos conheceram... alguns, até já partiram,
Olham
o tempo, que p’ra mim, tão depressa está passando...
Agora
fecho-os para ver apenas com os da minha imaginação,
P’ra
sentir e falar apenas com o meu envelhecido coração,
E
todos os bons momentos do passado... ficar lembrando.
Aqueles
jogos, com a bola de trapos, lá na calçada,
Fugindo,
porque o vidro da janela se partiu, e fez borrada,
E
agora o que fazer, se dinheiro não tinha p’ra pagar...?
E
depois aquelas trotinetes de madeira velha, fabricadas,
Com
rodas de esferas ferrugentas e até já bem usadas,
Que
correndo calçada abaixo, os joelhos dava para esfolar.
Aqueles
belos momentos entre amigos... que eu passei,
Tanta...
mas tanta gente com que nesta vida me cruzei,
Umas,
deixando saudade… outras que só por mim passaram...
O
momento, quando os meus desejos os teus logo sentiram,
Quando
os meus olhos, para os teus, naquela praia se abriram,
E
as nossas almas, do que tinham combinado, se lembraram.
Ai...!
Estes meus olhos, que nesta vida já tanto olharam,
Que
tantas coisas boas... e más... também já lhe tocaram,
Abrem-se,
para verem os teus olhos, que para mim sorriram...
Estes
olhos que tanto riram... mas que também tanto choraram.
(J. Carlos – Dezembro 2011)
Livro 2 (Silêncios… da Minha Alma)
imagem da net
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