sábado, 13 de julho de 2019

Quando o mar bate...











neste país à beira-mar
QUANDO O MAR BATE…



Refestelado no sofá, a pensar em descansar,
Vou lendo o jornal e ouvindo a televisão…
Mas pelas noticias, logo me dá vontade de alevantar,
E ir poetizar sobre um molusco, de seu nome mexilhão.


… mas o porquê duma tal questão nem eu o sei,
será por lembrar-me do provérbio que nisso logo pensei…?



Pois, no partido desejoso de nos vir a governar,
Daquilo que um já fez, o outro já se quer aproveitar,
E vistas bem as coisas, a barraca está montada…
Agora, entre abraços e beijocas andam os dois atarefados,
Cada um pelo seu lado, cantarolando diversos fados,
Para convencerem a malta que do partido anda afastada.


E dos partidos que nos andam governando,
Depois de tudo o mais que já nos foram sacando,
Vão certamente sair, deixando o país mais embrulhado…
Pois, lá pela justiça, nos processos é geral a confusão,
Entre professores e ministro deita-se abaixo a educação,
E na saúde, falta já tanta coisa, que anda tudo infectado.


E neste país de marinheiros que já se está afundando,
Gerido por um presidente que passa a vida avisando,
E certamente pensando, nos próximos passeios onde irão…
Aos novos, só resta deste país emigrar,
Aos velhos e criancinhas irem á sopa dos pobres almoçar,
E no meio disto tudo, ter-mos o tal provérbio em atenção…


Pois…
“Quando o mar bate na rocha, quem se lixa é o mexilhão”


(J. Carlos – Setembro 2014)
Imagem da Net

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