quinta-feira, 20 de junho de 2019

Mal-me-quer... Bem-me-quer


MAL-ME-QUER... BEM-ME-QUER



Peguei a florzinha amarela que encontrei,
Na beira do caminho, que estava percorrendo,
E aos poucos, devagarinho, eu de novo me lembrei,
Daquelas coisas que fazia, quando ainda era menino.



Pois, devagar, as suas pétalas amarelas, ia desfolhando,
Uma a uma... como mandava, naquele tempo, a tradição,
Bem-me-quer... mal-me-quer... e eu o ia maltratando,
Sempre na esperança duma resposta, p’ra satisfazer o coração.



E essa florzinha amarela, que nesse caminho, um dia lá nasceu,
Nas minhas mãos de menino, também logo ali morreu,
Porque eu, do amor, já no momento queria então saber...
E hoje, quando olho p’rós demais malmequeres com atenção,
Recordo de novo a lembrança que ficou neste pobre coração,
Dessa infantil alegria de criança... que ficará em mim, até morrer.

E aquele malmequer no momento colhido, eu pensei em desfolhar,
E saber, se o bem-me-quer... que agora tinha arrancado...
Neste amor que eu estava vivendo... ele iria de novo acertar.


(J. Carlos – Janeiro. 2006)
Livro 2 (Silêncios… da Minha Alma)
imagem da net

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