quinta-feira, 11 de julho de 2019

Voa... minha alma, voa!














VOA …
MINHA ALMA, VOA!



Abri-lhe a mão com o comer… quando poisou,
Pus-me a olhar para ela… e ela grasnou,
E ali ficamos os dois á espera do que o outro faria…
Deixei a mão quieta… e ela se espanejou,
E eu continuei á espera… e ela com o bico se catou,
Mas logo foi-se aproximando, parecendo que me sorria.




Devagarinho, deu bicaditas e do pão depenicou,
E vendo que eu nada fazia, já descontraída, continuou,
E logo, o resto que ficou, ao seu papo foi parar…
Depois chegou-se para trás, como que esperando,
Correndo com uma outra que se estava aproximando,
Pois no seu território, mais nenhuma podia lá entrar.

…e como fiquei p’ra ela olhando sem mais nada lhe dar,
Espreguiçou-se e catou-se, bateu asas e voou…
Dando uma voltinha por cima do amigo que aqui ficou
A pensar... como a sua alma será feliz quando puder voar.


(J. Carlos – Janeiro 2015)
Imagem da Net

Sem comentários:

Enviar um comentário

CAMINHANDO… pelas ruelas