PELO VALE DO
AMOR
EU CAMINHEI
Corri... corri... na esperança de algures te encontrar,
E o teu nome lancei ao vento, p’ra ele bem longe o levar,
Para alguém me vir dizer, o lugar, onde agora estás morando...
Mas tudo na vida tanto me tem afastado de ti,
Pois todos estão correndo atrás de mim ao saber que te perdi,
E eu, feito louco, por ti correndo... sempre o teu nome gritando.
Fujo à frente da gente, que os seus gritos estão soltando,
Sem saber já do lugar que tanto estou desejando,
Sempre na esperança de te vir a encontrar...
Mas corro e corro, e de tanto correr estou cansado,
E esta gente correndo atrás de mim mais me torna amargurado,
E eu já não sei mais em que lugar te devo procurar.
Mas agora, por este louco amor, tudo na vida farei,
Pois quando, deles fugindo, este muro saltei,
Nesse jardim tu lá estavas, feliz, à minha espera sentada...
E agora, agradeço a esta gente que atrás de mim estava correndo,
Porque deles fugindo, encontrei aquela por quem estava sofrendo,
Pois eles me levaram, até onde estava a minha amada.
José Carlos Primaz (J. Carlos)
Livro 3 (Sentimentos… da Minha Alma)
imagem da net
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... o corcel desse Vale é a dor; e se não houver dor, jamais terminará essa
jornada. Nessa condição, o apaixonado não pensa senão no Bem-Amado, nem busca
refúgio algum salvo o Amigo. A todo o momento, oferece ele cem vidas na senda
do Amado; a cada passo, joga mil cabeças aos pés do Bem-Amado...
(Os Sete Vales e Outros Escritos – Bahá’u’lláh (Glória de Deus), pág. 27)
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