PEDRAS BRANCAS
QUE O TEMPO DE NEGRO MANCHOU
Olho estas pedras brancas, que o tempo, de negro já manchou,
E penso nesse homem, talvez cansado, que na altura as colocou,
Quem sabe se até doente... mas porque a isso era obrigado...
Mas hoje, essa alma humilde, desta vida há muito que partiu,
E certamente que aquilo que fez, nunca mais na vida viu,
E hoje essas pedras fazem parte… desta casa do passado.
E será que a sua alma, lá no céu, ainda estará pensando,
O quanto ela, aqui na terra, se estava torturando,
Preocupada, se aquelas pedras, ele as teria bem colocadas...?
E hoje, como gostaria de lhe dizer que sim, para ficar descansado,
Porque naquele edifício que fez... tudo lá está bem colocado,
Já que hoje, esta casa das pedras brancas, de escuras,
pelo tempo, estão pintadas.
E de novo olho as pedras pretas… que no tempo abrigaram,
Tantas gentes, que de um abrigo estavam precisando,
Gentes que a todo o momento, com amor, estavam abençoando,
Aqueles, que as suas pedras, tão bem nesse edifício colocaram.
As pedras que o velho tempo... ao longo do seu tempo...
de negro foi pintando.
(J. Carlos – Janeiro.
2006)
Livro 2 (Silêncios…
da Minha Alma)
imagem da net
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