domingo, 21 de julho de 2019

Lágrimas frias















LÁGRIMAS FRIAS




Uma... duas... três... lágrimas frias, foram do céu caindo,
Não sei... se de tristeza, ou talvez de preocupação,
Mas uma coisa eu senti... que o céu estava talvez sentindo,
A amargura que em mim tinha... o vazio desta minha solidão.



Da solidão que vem da minha alma, do fundo do meu sentir,
Da falta da brisa suave que já não oiço nas serranias a cantar,
Do trinado da passarada... que cedo se deixou de ouvir,
Porque o céu cinzento, só lágrimas tristes na terra vem lançar.



Agora oiço, também ao longe, um trovão a ribombar,
E eu não sei se são foguetes de alegria, ou um canhão a matar,
E vejo crianças sofrendo, de frio e de fome morrendo,
Sem ninguém se preocupar, com o que na vida estão sofrendo.



E vejo homens adultos olhando... fingindo que não estão olhar,
Com aviões ou com tanques e canhões, nesta vida, guerreando,
E os homens ricos, novos jogos de guerra, inventando,
Para as crianças, cedo aprenderem, no futuro, a se matar.



Mas na esperança, o céu cinzento aos poucos se está abrindo,
E o sol, já espreitando, de novo começa para mim sorrindo,
Talvez querendo, com a minha solidão, já terminar...

E de novo, tudo o que me rodeia, começa neste dia a despertar,
Entoando nos sons da natureza, o cantar duma nova sinfonia,
E junto a mim, já oiço gargalhadas infantis de alegria,
E ao longe... ainda lá muito ao longe...
O som dos foguetes, no céu das estrelas... lá no alto a rebentar.


(J. Carlos - Junho. 2009)
Livro 1 (O Outro Lado da Minha Alma)
Imagem da Net



2 comentários:

  1. ... "Entoando nos sons da natureza, o cantar duma nova sinfonia"... E que sua nova sinfonia seja plena de harmonia, José Carlos!

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  2. Muito Obrigado, Malu Morais, pela sua visita e pela simpatia do comentário.
    Seja Feliz... Muito Feliz.
    J. Carlos

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