domingo, 28 de julho de 2019

Senti a alma partir...













SENTI A ALMA PARTIR...



Lá p’ra longe, até onde a minha vista enxergou,
Eu não vi réstia, nem esteva, do pouco que lá ficou,
Pois só vi aquela névoa que lá longe se levantava...
Mas ao fim de tanto tempo... daquele ponto p’ra onde olhei,
Apareceu aquela beleza de branco... que de onde nem eu sei,
E que levantando os seus braços, lá de longe me acenava.


Se seria real, ou somente uma radiosa visão
Eu não sei, mas era tão clara a sensação,
Que corri e corri... que de correr me esfalfei...
Mas quando mais perto estava, mais longe estava ficando,
E de tanto que eu olhei... com tal calor estava cegando,
A ponto de tão cansado, eu cair e não mais me levantei.


E o meu corpo naquela área deitado... levantar-se, recusou,
E tanta coisa e tanto tempo pelo meu corpo passou,
Que eu já tinha aquela sensação de aqui não pertencer...
Mas foi quando tu, meu amor, este meu rosto beijaste,
E o meu corpo, e o meu rosto, meigamente acariciaste,
Que senti a alma partir e que o meu corpo acabava de morrer.


(J. Carlos - Maio. 2010)
Livro 3 (Sentimentos… da Minha Alma)
Imagem da Net


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