sábado, 13 de julho de 2019

Pedras... do meu passado
















PEDRAS
… DO MEU PASSADO



Olho lá p’ra baixo, para o rio correndo,
Por entre pedras cinzentas com urzes também,
E desço pelo velho quelho, à partida sabendo,
Que irei molhar os pés na água que corre p’rálém.



E nesta forma de escrever fico-me perdendo,
Ao falar duma recordação do tempo d’álém,
Mas são elas que ainda me vão trazendo,
Aquela paz de espírito que me sabe tão bem.



E as pedras já gastas, todo o tempo sofrendo,
Com o pisar das gentes, pelo quelho descendo,
Guardam para si as tristes lamentações…

Pois algumas das gentes que por lá passaram,
Já esta vida para sempre abandonaram,
Ficando nas pedras do quelho, apenas, recordações.


(J. Carlos – Março 2015)
Foto de J. Carlos / Gestosa Fundeira. 2019



1 comentário:

  1. ... e neste dia, do tempo que está passando, descendo de novo o quelho que no tempo se mantém, vem-me à lembrança aquelas recordações... que o tempo já levou.

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